POR QUE ODEIAM TANTO CARMELO ANTHONY?!

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Uma outra visão da “venda” de Santos x Flamengo

maio 24, 2013 1 comentário

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O Santos vai estrear no Campeonato Brasileiro de 2013 contra o Flamengo. A partida não vai ser realizada nem na Vila Belmiro nem no Pacembu, palcos tradicionais do time santista como mandante. O jogo vai ser realizado no estádio Nacional de Brasília, em um evento teste para a Copa das Confederações.

Uma boa chance para os torcedores tanto de Santos quanto de Flamengo em poder ver suas equipes em uma cidade que não tem times na primeira divisão do campeonato nacional e com um estádio construído para a Copa do Mundo. Será uma experiência única, com certeza.

Os jornalistas e torcedores do Santos começaram a criticar a diretoria santista por ter “vendido” a partida para uma empresa que realiza eventos esportivos por R$ 800 mil livre mais passagens e hospedagem. Um bom negócio se não fosse o fato de que a empresa decidir aumentar o preço dos ingressos podendo faturar até R$ 8 milhões em bilheteria.

À primeira vista, o Santos deixou de ganhar aproximadamente R$ 6 milhões de reais (descontadas as despesas do jogo). O time da Vila Belmiro poderia ter negociado um acordo melhor caso soubesse das cifras que seriam cobradas dos torcedores, mas o valor da venda foi um excelente negócio se visto isolado.

No Brasileiro de 2012, o Santos teve 19 jogos como mandante e a renda líquida total (arrecadação – despesas) da soma de todas essas partidas foi R$ 516 mil. Sendo que em alguns jogos, o time teve até prejuízo como na partida contra a Portuguesa no Pacaembu quando registou mais de R$ 70 mil reais de déficit. No jogo contra o Flamengo na Vila Belmiro, a renda líquida foi de R$ 52 mil.

Logo, a venda de uma partida apenas é maior que toda a arrecadação de um Campeonato Brasileiro.  O Santos baseou a venda de seu mando de jogo nesse cálculo e não poderia ser diferente, era o único referencial que a diretoria do clube tinha.

Deve-se ressaltar a inteligência da empresa que fez um grande negócio ao trazer o Santos para jogar em Brasília justamente com o Flamengo, equipe que tem uma grande torcida em todo território nacional.

A lição deve ser aprendida pela diretoria santista para que não cometa o mesmo erro e consiga um acordo mais vantajoso nas próximas negociações. Das 12 novas arenas cinco não terão times na primeira divisão, o que pode fazer com que os gestores desses estádios tenham que fazer “acordos” desse tipo para rentabilizar seus negócios.

O Santos e os demais clubes têm que estar atentos e aprender a negociar com os especialistas e balancear os dois lados nesses negócios milionários.

O futuro de Neymar é (quase) certo

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O Santos está vivendo um dilema desde o final de 2012 quando foi informado pelo staff de Neymar (ou mais precisamente seu pai) que o contrato do jogador não seria renovado com o clube alvinegro.

De lá pra cá, o clube já escalou diversos dirigentes para conversar e tentar convencer o craque e seu pai do contrário. Querem uma renovação a todo custo, mesmo que isso não signifique que o jogador fique no Santos após a Copa do Mundo. Só não querem ficar no prejuízo.

O contrato de Neymar vai até julho de 2014. Caso saia depois disso, o Santos não terá direito a nada. O acordo ainda prevê uma “pequena” indenização para a DIS que deve ser paga pelo jogador. Os direitos econômicos do contrato estão divido assim: 55% do Santos, 40% da DIS e 5% do grupo TEISA.

O que o Santos quer?

Sem conseguir mudar a cabeça do pai de Neymar, os dirigentes do Santos analisam as melhores possibilidades para não sair perdendo em uma negociação do jogador com a Europa.

O Santos sabe que tem que vender o jogador ainda nesta próxima janela de transferências europeias (de 1º de julho a 31 de agosto), mas procura convencer o clube comprador (Barcelona, Real Madrid ou Bayer são os favoritos) a deixar Neymar ficar no Brasil até o fim de 2013.

Ocorre que nenhum dos clubes europeus aceitou essa “proposta” santista. Todos querem o jogador pra já. Barcelona e Real Madrid estão buscando uma renovação em seu plantel e temem que Neymar não se encaixe em um trabalho já em andamento. No Bayern, Guardiola quer começar a montar a equipe o quanto antes.

Os clubes também sabem que entre janeiro e julho é melhor esperar até o fim do contrato já que o valor da negociação seria menor e o jogador participaria normalmente da pré-temporada com o grupo, o que não aconteceria se ele chegasse no meio da temporada europeia.

O único trunfo do Santos nessa negociação é que vários clubes querem o jogador. Os três favoritos ainda contam com a concorrência de Manchester City, Paris Saint Germain, entre outros.

A criação desse “leilão” faz com que o Santos ainda tenha esperança de sair ganhando no negócio. Esse “leilão” fará com que o preço de venda não caia como é praxe no mercado no último ano de contrato. Os valores esperados pelo clube chegam bem perto da multa rescisória do contrato.

O desejo do jogador é ir para Europa logo. Neymar e seu staff não querem sair como vilões na negociação. E deixar o Santos com as mãos abanando é visto como uma traição pelos torcedores e eles sabem disso.

Mas o staff do jogador não descarta a possibilidade dele ficar e sair apenas depois do fim do contrato. Com o término do acordo, os direitos econômicos passam para o jogador e com isso a totalidade da transferência irá para os bolsos dele e seu staff.

O mesmo trunfo do Santos será o de Neymar pai e companhia. O “leilão” entre os clubes europeus fará com que o preço suba. Mas essa aposta não deixa de ser um risco, já que uma péssima Copa do Mundo ou uma lesão fariam o valor cair. É uma aposta na bolsa de valores, nunca se sabe o resultado com precisão.

O Santos também poderia “arriscar”. Ao exigir que seja paga a multa rescisória, o clube tentaria manter o jogador até o fim do contrato. Ocorre que neste caso, a diretoria não teria nenhuma chance de êxito, a não ser a conquista de títulos que justificassem a permanência dele no clube.

A diretoria poderia não resistir caso o atleta fique e o clube não consiga conquistar nenhum título. Os conselheiros irão criticar bastante bem como a torcida. Só títulos salvariam as “cabeças” da diretoria. A mesma diretoria que renovou o contrato do jogador em 2011 encurtando o tempo de contrato. Na época, o Presidente do Santos afirmou que foi a única maneira de manter o jogador no Brasil.

Acontece que o desempenho de Neymar e do time do Santos em 2013 não é bom, apesar de ter chegado à Final do Campeonato Paulista. A contratação de Montillo, que despendeu muito dinheiro, não surtiu o efeito desejado nos primeiros meses. A diretoria não acredita no título do Brasileiro deste ano, nem da Copa do Brasil com a participação dos clubes da Libertadores (o que salvaria o investimento). Para eles, o risco é alto demais.

 Neymar deve sair. O Santos ainda tenta com o “trunfo” do “leilão” que o clube comprador aceite ceder o jogador até o fim do ano, mas a negociação está muito complicada. Essa possibilidade desagrada também o staff do jogador que vê o atleta sem descanso para fazer uma boa Copa do Mundo caso isso ocorra.

Por isso, o torcedor do Santos terá que aproveitar os últimos momentos de Neymar com a camisa do clube. A final do Paulista deverá ser a última decisão do jogador nesta passagem pelo Brasil. O anúncio da saída deve ser feito logo após o Campeonato Paulista se o Santos conquistar o tetra, caso perca o anúncio será adiado para o período da Copa das Confederações.

Naming Rights é costume

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Quando eu era pequeno, em São Luís, existia um cinema que ficava no bairro do São Francisco e era chamado de CINE ALPHA. Meu pai contava histórias de como aquele lugar fez parte da sua adolescência e tinha um carinho especial para com o local.

Poucos anos depois que eu o conheci, o cinema mudou de nome. Virou Cinema Colossal. E eu continuei a frequentá-lo com o meu pai. E ele sempre dizia a minha mãe: “Estou indo no Alpha com o George ver um filme”.

O nome Alpha significava algo para ele, era uma fidelidade afetiva que eu não tinha. Logo passei a chama-lo de Colossal, assim como todos os meus amigos. Alpha não significava nada para nós.

Passei minha adolescência e parte da vida adulta frequentando o Colossal. Depois com a vinda dos cinemas de Shopping, ele acabou falindo e virou um supermercado ou loja de departamentos, eu nunca sei.

Assim acontecerá com os estádios brasileiros e os naming rights. Os torcedores que já estão acostumados e que tem um carinho pelos atuais estádios continuarão chamando-os pelo nome que cresceram ouvindo. Palestra. Beira-rio. Fonte Nova. Mineirão. Arena da Baixada.

Mas os novos torcedores passarão a chamar o estádio pelo seu nome real. Naming Right é uma coisa que se paga com o tempo. Os garotos dirão aos amigos da escola ou faculdade: “Vamos ao Allianz”. Será assim. Palestra não significará nada para eles.

O Naming Right não é instantâneo. É um costume. Não é de um dia para outro que qualquer empresa fará várias gerações mudarem de opinião e passem a chamar um lugar que já existia em suas experiências de vida por outro nome. Serão 20 anos de contrato entre Allianz e Arena. Ainda é pouco tempo.

Nós, velhos e chatos, continuaremos a reclamar das empresas e da “purificação” do futebol, mas ela é necessária para o avanço e a melhoria da qualidade do nosso esporte como um todo.

A Allianz nunca poderia batizar o estádio com o nome que remeta ao Palestra, porque assim a fidelização da sua marca estaria comprometida. O torcedor não pode reclamar quanto a isso, é um negócio e provavelmente houve um estudo que disse isso.

Então, palmeirenses, não briguem com seus filhos quando eles pedirem para vocês levarem ele ao Allianz. Agradeçam que eles ainda queiram ir a um estádio de futebol e a construção da Nova Arena é um fator importante para que isso aconteça.

Vettel, o mau caráter (Uma história sobre a Lei de Gérson)

março 24, 2013 1 comentário

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Caso já tenham percebido ao assistir ao comerciais que tem passado no Brasil há um muito bom que é o do novo Palio (Fiat).

O primeiro a ser divulgado é um grupo de torcedores em um carro indo a um jogo decisivo e o dono do carro resolve prometer tomar banho pelado no rio. Ao que todos os outros dizem o bordão TAMO JUNTO! TAMO JUNTO! No fim, após o título o motorista aparece saindo sozinho do rio.

O segundo são duas velhinhas conversando quando uma confessa que o filho recém-casado vai se separar da esposa por motivos de: chifre. Ela pede confidencialidade e a amiga responde TAMO JUNTO! TAMO JUNTO, NEIDE! NO fim, a “amiga” conta para todos que o filho da Neide é corno.

E por fim vem o slogan do produto. JUNTO MESMO SÓ O NOVO PALIO.

Na madrugada desse domingo houve o GP da Malásia de Fórmula 1 e o vencedor foi o alemão Sebastian Vettel. Mas houve muita discussão acerca da sua decisão de ultrapassar o seu companheiro de equipe contra a vontade da Reb Bull.

Explicando: após quatro pitstops e faltando pouco mais de 10 voltas para o fim da corrida. Webber estava em primeiro e Vettel em segundo.  O chefe da equipe, Christian Horner, decidiu que essas posições deveriam ser mantidas e ordenou aos engenheiros que comunicassem os pilotos.

Webber recebeu a ordem de cortar “dois cilindros” para poupar gasolina, pneus e o motor do carro. Vettel recebeu a mesma ordem. Webber decidiu obedecer. Vettel então disse TAMO JUNTO! TAMO JUNTO! E não obedeceu.

A ultrapassagem do alemão no australiano foi LINDA! Sensacional para qualquer apaixonado por corridas de carro, mas naquele momento a RedBull do Webber tinha potencia equivalente a Marussia ou a Caterham. FOI DESLEAL. MAU CARATISMO.

Vettel em nenhum momento disse ao rádio que não obedeceria. Ele tirou qualquer possibilidade do Webber se defender. Os que defendem que a pista que deve decidir e APOIARAM a decisão de Vettel devem estar ENVERGONHADOS.

Para ser uma disputa justa Vettel deveria ter dito que não iria obedecer. O que faria com que o engenheiro do Webber repassasse a informação ao australiano. Logo, os dois carros teriam sua potência normal na pista. E sim veríamos uma disputa BONITA.

O alemão venceu. É o vilão. Mas ninguém critica o tricampeão com cara de bom moço. E o australiano segue sendo humilhado por razões extra-pista. O próprio piloto admitiu seu ROUBO. Sua MALANDRAGEM.

Vettel pediu desculpas, também na frente do companheiro e das arquibancadas. “Cometi um grande erro hoje. A vitória deveria ser do Mark. Se eu pudesse desfazer o que fiz, faria isso. Sou a ovelha negra e me coloquei nessa posição.”

E quem defende essa atitude do Vettel é um exímio seguidor da famosa “Lei de Gérson” em que deve-se tirar vantagem de tudo. Deve ser o mesmo cara que fura as filas, não dá lugar a idosos e gestantes nos ônibus e metrôs, que estaciona em vaga proibida, que não paga impostos, que atira sinalizadores nos outros e confia que nunca será punido por seus atos.

A Fórmula 1 é só um esporte (para muitos nem chega a ser isso), mas reflete claramente o grande “mau caráter” que é o ser humano. Mas no fim o TAMO JUNTO! TAMO JUNTO! segue sendo reproduzido e não cumprido.

Ganso: por que ele não rende mais?

Paulo Henrique Ganso hoje é reserva do São Paulo. Não é nem considerado aquele 12º jogador, poucas vezes é escolhido para mudar o ritmo de um jogo. Sua queda técnica e física é visível nos últimos dois anos, mas será isso é realmente verdade?

André, Neymar, Ganso e Robinho em 2010

André, Neymar, Ganso e Robinho em 2010

Ganso estreou pelo Santos em 2008 antes mesmo de completar 19 anos. Foram sete jogos naquele ano e uma convicção. Era um jogador lento e sem qualidade para jogar pelo clube mesmo vivendo uma crise inédita e lutando contra o rebaixamento no Brasileiro.

Em 2009, o titular do Santos era Lúcio Flávio que nunca convenceu e durou pouco no Santos após eliminação precoce na Copa do Brasil contra o CSA. Ganso então teve chances no Paulista e agradou ao técnico Luxemburgo e terminou o Paulista como titular ao lado de Neymar.

No Brasileiro, ao contrário do parceiro, foi titular e bastante elogiado fazendo oito gols e dando seis assistências. Além de ser um dos maiores ladrões de bola do campeonato.

Engraçado notar como atuava o Santos no fim de 2009. Tinha o volante Rodrigo Mancha à frente da defesa com Rodrigo Souto fazendo a dupla de volantes. Ganso atuava livre municiando Madson, Neymar e Kleber Pereira. O time ainda tinha um Léo ainda com fôlego.

Nota-se que era um time que se movimentava bastante fazendo com que os toques rápidos e inteligentes de Ganso fossem mais fáceis já que a equipe corria ao seu redor. Além disso, ele demonstrava um combate maior já que apenas Kleber não ajudava na marcação o que facilitava ao jogador retomar a posse da bola.

No ano mágico de 2010, o Santos era uma equipe ainda mais ofensiva e rápida. Atuando com três atacante: Neymar, Robinho e André (com um preparo físico e uma sorte imensa). Além disso, tinha um meio mais leve com Arouca e Marquinhos (nos principais clássicos Wesley era deslocado para a lateral) além de Leo ainda jogando em alto nível.

Novamente jogando com companheiros uma movimentação fantástica, o ponto forte de Ganso foram os passes para gol, mas as suas chegadas próximas a área para finalizar foram diminuindo com o tempo. O número de gols aumentou de 10 para 13, mas apenas porque a média de gols do clube subiu de um ano para outro.

Suas atuações foram supervalorizadas devido a sua capacidade de liderança nos jogos contra o Santo André na final do Paulista. Aquele Campeonato foi o seu melhor em toda carreira. No Brasileiro, Ganso só fez 11 partidas machucando o joelho contra o Grêmio em Agosto o que fez com que ele ficasse fora por sete meses.

Na Libertadores de 2011, o time do Santos já não tinha a mesma movimentação com a entrada de Elano. Ganso passou a jogar com apenas dois atacantes a sua frente: Neymar e Zé Eduardo. Sendo que o último não tinha a mesma mobilidade e ficava mais centralizado na área.

Sem os companheiros para dar opção, o futebol de Ganso foi caindo. E uma nova lesão na final do Paulista contra o Corinthians quase o tirou do restante da Libertadores. Sua volta foi precipitada para que participasse da decisão contra o Peñarol.

Muricy chegou a escalar Ganso atrás de um novo trio de ataque formado por Alan Kardec, Borges e Neymar, mas mesmo sendo bastante esforçado o atacante com nome espírita não dava a mesma opção que Robinho ou Madson nos anos anteriores.

As características de Ganso foram ficando escondidas já que o forte do jogador sempre foi a visão de jogo e achar os companheiros desmarcados em boa posição para finalizar. Ocorre que o Santos ficou um time previsível vivendo de lampejos do brilhantismo de Neymar.

Em 2012, novamente as lesões e o esquema tático de Muricy foram minando o futebol do “maestro”. Com a entrada de Elano, depois Ibson, foi dada a ele uma liberdade maior o que fez com que ele parasse de ser combativo e tomar as bolas para a equipe.

Ganso passou a ser um jogador comum e sem velocidade no meio campo santista. Foi facilmente marcado pelo forte time do Corinthians e a novela por sua renovação cansou o torcedor alvinegro.

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Ganso fez 36 gols pelo Santos

A saída para o São Paulo e seu esquema com dois atacante velozes e Luís Fabiano seria a grande chance de Ganso recuperar o futebol. Ocorre que, para azar de Ganso, Ney Franco decidiu escalá-lo para o lugar de Lucas que foi vendido ao PSG. Jogando ao lado de Jádson, o jogador enfrenta novamente o problema de esquema que viveu no Santos no ano anterior.

Ganso rende muito mais jogando ao lado de dois jogadores rápidos e de um time dinâmico e que se apresente para receber a bola. Esse time do São Paulo de hoje não tem nada disso. Engessado com dois volantes e um centroavante sem mobilidade, a equipe precisa de velocidade e entre Ganso e Jadson, o paranaense está em vantagem.

Ganso não é um gênio da bola como muitos afirmavam, nem é o preguiçoso e desinteressado que afirmam hoje. Seu futuro está em jogo e ele está perdendo, pois não pode esperar que o técnico monte um esquema só para ele tem que tentar adaptar seu jogo ao que o São Paulo precisa.

Se não botar na cabeça que deve ajudar o time, Ganso será para sempre uma eterna promessa ou um enganador que teve um grande ano em um grande time.

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O renascimento do tênis sul-americano

fevereiro 18, 2013 Deixe um comentário

Essa semana aconteceu o Brasil Open 2013 vencido por Rafael Nadal sobre um cansado David Nalbandian. “O tênis sul-americano está em decadência” é uma afirmação que vem sendo difundida por todos especialistas do tênis mundial. Hoje, o único TOP 10 do continente é del Potro, mas isso pode ser um mau desempenho histórico.

Vaiado no Brasil Open, Bellucci já venceu três ATP 250 na carreira

Vaiado no Brasil Open, Bellucci já venceu três ATP 250 na carreira

Nesse ano já foram disputados 6 dos 64 torneios de simples da ATP e os sul-americanos venceram dois deles. O argentino Horacio Zeballos venceu Nadal no ATP 250 de Viña del Mar e o também argentino Juan Martín del Potro venceu o ATP 500 de Rotterdam.

O retrospecto tem animado os torcedores que acompanham o tênis e acreditam em um melhor desempenho dos jogadores da América do Sul. Em 2012, foram 9 títulos de 64 possíveis. Com sete títulos de ATP 250 e dois de ATP 500.

Del Potro venceu os 250 de Viena, Marseille e Estoril e o 500 de Basel sobre Roger Federer na casa do suíço. Juan Monaco também levou três 250 (Houston, Viña Del Mar e Malásia) e o 500 de Hamburgo. O brasileiro Thomaz Bellucci venceu o 250 de Gstaad.

O desempenho do ano passado foi melhor que os de 2010 e 2011 somados quando foram conquistados cinco ATP 250 e apenas um ATP 500. E melhor até que 2009 quando del Potro venceu o US Open e mais um ATP 500 e outro ATP 250. Bellucci, Nalbandian e o chileno Fernando González venceram um ATP 250 cada um.

Títulos de tenistas sulamericanos (2009-2013)

Títulos de tenistas sulamericanos (2009-2013)

RANKING ATP e WTA

Desde 1973 quando foi criado o ranking da ATP apenas dois tenistas foram líderes sendo nascidos no sul da América. O chileno Marcelo Ríos foi o primeiro e liderou por duas vezes somando míseras seis semanas como número 1, depois dele veio o brasileiro Gustavo Kuerten e ficou 43 semanas no total como líder. Se considerarmos que apenas 25 tenistas lideraram o ranking masculino ter dois deles na lista é uma ótima média. 8% dos tenistas que foram número #1 são sul-americanos.

Desde Novembro de 2001 que não vemos um sul-americano como líder do ranking, mas isso é surpresa? Tirando o domínio do trio Federer-Nadal-Djokovic que já lideram os tenistas desde 2004, poucas foram as oportunidades de liderança.

No feminino, o ranking da WTA foi criado em 1975 e nunca uma mulher da América do Sul chegou a lidera-lo seja por uma semana sequer.

Se olharmos para o Ranking da ATP atual veremos apenas quatro tenistas entre os 50 melhores. O já citado Del Potro e maior esperança do continente em conquista de títulos, o também argentino Juan Monaco em 15º, o brasileiro Thomaz Bellucci em 35º e o argentino vencedor do ATP de Viña Del Mar, Horacio Zeballos.

No ranking da WTA, a pesquisa foi complicada para encontrar a melhor colocada. E encontramos a colombiana Mariana Duque na 145ª posição.

Del Potro é o melhor sulamericano no Ranking da ATP (#7)

Del Potro é o melhor sulamericano no Ranking da ATP (#7)

GRAND SLAMS

A “Era Aberta” foi iniciada em 1969 e a partir daí o tênis passou a ser um esporte profissional (caso queiram saber mais tem esse belo texto na Revista do Tênis sobre seu surgimento). Então nos últimos 43 anos os melhores jogadores passaram a disputar os grandes torneios.

Considerando as estatísticas desses últimos 43 anos, apenas 10 Grand Slams foram conquistados por jogadores do continente. Se contarmos que todos os torneios foram disputados daria um percentual de 5,8% de conquistas. No lado feminino, a situação ainda é pior com apenas uma conquista da argentina Gabriela Sabatini em 1990 no US Open. Isso quer dizer que em 344 Grand Slams disputados em 43 anos, a América do Sul comemorou apenas 11 o que derruba o percentual para 3,1%.

Gaston Gaudio venceu Roland Garros em 2004

Gaston Gaudio venceu Roland Garros em 2004

No Australian Open foram dois títulos com Guillermo Villas em 78 e 79 sendo que desde 2007 com o chileno Fernando Gonzalez não se chega a uma final. No US Open foram mais dois títulos argentinos com Villas em 77 e Juan Martin del Potro em 2009 (última final). Wimbledon não viu nenhum título do continente, a única final foi com David Nalbandian em 2002. Roland Garros é o torneio mais prolifico para os latino com seis títulos. O brasileiro Guga conquistou três (97/00/01); Villas (77), Gómez (90) e Gaudio (04) conquistaram um troféu. Em 2005 foi a última final com Mariano Puerta.

No lado feminino apenas Sabatini chegou a finais. Perdem em 91 em Wimbledon e também no US Open de 88 vencendo apenas o citado US Open de 90.

Gabriela Sabatini venceu o US Open de 1990

Gabriela Sabatini venceu o US Open de 1990

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Beckham e PSG: Marketing e Futebol

fevereiro 2, 2013 Deixe um comentário

David Beckham chega ao Paris Saint-Germain aos 37 anos para atuar até junho de 2013 na capital francesa. O jogador divulgou que doará o seu salário (cerca de 800.000 Euro por mês) a uma instituição de caridade da cidade que cuida de crianças.

Beckham chega ao PSG com 37 anos

Beckham chega ao PSG com 37 anos

O jogador inglês possui, ainda hoje, uma das maiores marcas no futebol mundial. Seus patrocinadores rendem a ele 27 milhões anuais. Ele é o principal garoto propaganda de várias marcas importantes (Adidas, Samsung, H&M), além de ter tido uma carreira vitoriosa.

Virou titular do Manchester United aos 19 anos sob a batuta do técnico escocês Sir Alex Ferguson. Lá venceu seis vezes o Campeonato Inglês, duas a Copa da Inglaterra, uma vez a Uefa Champions League e uma vez o Mundial Interclubes.

Queridinho da Inglaterra queria o mundo

Queridinho da Inglaterra queria o mundo

Em 2003 foi vendido ao Real Madrid por 35 milhões de Euros para se juntar aos “galácticos” que tinham Ronaldo, Figo e Zidane. Com o clube espanhol venceu a Liga em 2005/06.

A passagem de Beckham pela Espanha rendeu muitas dúvidas em seu futebol, com a imprensa chamando-o de jogador apenas de marketing e que não teria capacidade de jogar nos times que jogou.

Em uma operação financeira gigantesca, David Beckham foi parar em Los Angeles para jogar no Galaxy em 2007. Sua chegada teve um impacto imediato na popularidade do futebol nos Estados Unidos. Em cinco anos no país, a MLS cresceu seu faturamento em quase 700% e o soccer passou a ser o segundo esporte mais praticado nas escolas americanas (atrás do futebol americano). Durante esse tempo ele também foi emprestado duas vezes para o Milan em 2009 e 2010 ajudando o clube italiano enquanto a MLS estava parada.

Além disso tudo, Beckham disputou três Copas do Mundo pela Inglaterra marcando gol em todas as vezes.

Fora das quatro linhas, Beckham segue sendo uma celebridade. Casado com uma ex-Spice Girl, Victoria, ele sempre chama a atenção da mídia seja ao aparecer em um jogo da NBA seja ao visitar o jubileu da rainha Elizabeth.

O PSG poderá contar com o futebol de Beckham para ajudar na obsessão do clube que é a conquista da Champions League, mas vai muito mais além. A contratação do jogador é um negócio bastante lucrativo para a QSI, fundo de investimento do Qatar, que é dona do clube francês.

Camisas "#32 Beckham" na Loja Oficial do PSG

Camisas “#32 Beckham” na Loja Oficial do PSG

Mais que vender camisas e estampar o rosto nas campanhas publicitárias do PSG, Beckham poderá ser a porta da empresa para os Estados Unidos que tem o interesse de comprar uma franquia para disputar a MLS. As pessoas já falam na revitalização do antigo New York Cosmos.

Por tudo isso, Beckham é uma das maiores marcas e um dos maiores personagens da história do futebol nos últimos 25 anos. Além de ser um baita jogador e ótimo caráter.

O homem que brincava de jogar (e viver)

fevereiro 1, 2013 Deixe um comentário

Luigi Marciolle tinha 23 anos quando deixou a Itália e veio para o Brasil junto com os pais para montar um restaurante em São Paulo. E hoje, 30 anos depois, é dono de uma pizzaria na Vila Mariana e apaixonado pelo futebol.

Re Cecconi atuou em 109 partidas com a camisa da Lazio

Re Cecconi atuou em 109 partidas com a camisa da Lazio

É um fã confesso de Luciano Re Cecconi, peça chave do título da sua Lazio em 1974. Luigi tem duas camisas da equipe da capital italiana, uma que ganhou do jogador pessoalmente em 76 e a outra foi enviada pelo brasileiro Cribari quando atuou na equipe nos anos 2000.

Re Cecconi é o símbolo do futebol arte para qualquer torcedor da Lazio, ele era a alma e o coração daquela equipe no início da década de 70. Não era o artilheiro da equipe, papel representado por Giorgio Chinaglia; não era o capitão da equipe, Giuseppe Wilson envergava a braçadeira; mas era o show.

Passes perfeitos e incríveis; dribles desconcertantes. Para seu Luigi nunca houve alguém como Cecconi. Parafraseando o livro do Heleno de Freitas. O brilho nos olhos do Senhor e a paixão com que fala dos seus tempos de Itália fazem qualquer um sentir vontade de ter visto Luciano jogar.

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O jogador era chamado de Anjo Loiro, mas muitos incluíam outra palavra em seu epíteto: Louco. A vida de Luciano era fascinante e alucinante. Ele era uma celebridade em uma Itália não acostumada a jogadores popstars.

As lágrimas escorrem do rosto junto com uma gargalhada contida ao falar da morte de Luciano. Essa mistura de sentimentos era o que o jogador causava em quem o via jogar. Muitos não entendiam como ele conseguia fazer certas coisas e muito se irritavam porque ele tinha facilidade para jogar que os outros não tinham.

Ele brincava de jogar bola. E morreu brincando. Ao entrar com dois amigos em uma joalheria ele brincou com a fama. Anunciou um assalto pensando que o joalheiro o reconhecia. Mas ele não via futebol, sabe como é.

Um tiro no peito. Uma morte boba. Uma brincadeira que deu errado em meio à tantas brincadeiras que deram certo e um jovem de 29 anos que deixava seus dois filhos e a torcida da Lazio órfãos.

O futebol perdeu um pouco da graça sem Luciano Re Cecconi e mesmo assim, seu Luigi ainda se mantém laziale , mas virou um moderado, confessa.

Bandeira com a foto de Re Cecconi na torcida da Lazio

Bandeira com a foto de Re Cecconi na torcida da Lazio

Agora assiste aos jogos pela TV, longe demais do estádio Olímpico, mas mantém a foto de Re Cecconi em seu restaurante junto a camisa da Lazio estampada na parede para nunca se esquecer da alegria de viver.

* para saber mais da história de Luciano Re Cecconi veja no blog da S.S. Lazio Brasil.

 

New Orleans agora é Pelicans. Vale a pena?

janeiro 25, 2013 Deixe um comentário

O New Orleans Hornets resolveu mudar de nome na próxima temporada. O time se chamará Pelicans, e será o fim da abelhinha em New Orleans. Mas por que a equipe resolveu trocar uma marca consolidada por outra que começará do zero.

Logo oficial do Pelicans

Logo oficial do New Orleans Pelicans

O Hornets entrou na NBA em 1988 quando ainda tinha sede em Charlotte. Logo o time chegou ao gosto do povo não só da cidade como do mundo inteiro junto com a expansão da NBA para o mundo. No Brasil, o boné com a foto da abelha e uma cor indefinível entre o azul e o verde.

Em 2002, a franquia resolveu mudar-se para New Orleans. O seu proprietário a época George Shinn teve vários problemas em Charlotte incluindo acusações de estupro, com isso e sua insatisfação com o Coliseum e a negativa da cidade em construir uma arena fizeram ele optar pela mudança.

A decisão de manter o nome Hornets foi bastante elogiada, mas o nome nada tinha a ver com a nova cidade. Mas sempre houve murmúrios sobre uma possível mudança no nome para trazer mais identidade entre a franquia e a cidade.

O novo dono da equipe, Tom Benson, resolveu então colocar em prática esse plano. A ideia inicial era “comprar” o nome Jazz, mas Utah recusou-se a mudar seu nome (O primeiro time de New Orleans foi o Jazz que posteriormente mudou-se para Salt Lake City).

Depois de longa pesquisa foi escolhido o nome “Pelicans”, já que o pelicano marrom é a ave símbolo do estado da Louisiana onde fica New Orleans. No dia 24 de janeiro foi confirmada a mudança que entrará em vigor na temporada 2013-14.  As novas cores serão azul, dourado e vermelho pertencentes a bandeira do estado da Louisiana.

Anthony Davis já posou com o novo uniforme

Anthony Davis já posou com o novo uniforme

Com isso, o time tentará atrair mais torcedores da cidade e do estado mantendo os torcedores que a franquia acumulou em seus 25 anos de existência. Mas será se essa tática funcionará?

A cidade de Charlotte tem um novo time, o Bobcats. E já existem rumores de o nome HORNETS voltar à cidade. Outros rumores ocorrem depois da compra do Sacramento Kings por um consorcio de Seattle que poderia ressuscitar o nome “Supersonics”.

A ideia de associar nome a cidade não é nova, mas a troca de cidade mantendo o nome também não é. Nem a prática exercida pelo agora Pelicans. Em 1995, o Washington Bullets mudou seu nome para Wizards pois o nome era considerado muito ofensivo e violento.

Dos 30 times atuais da NBA apenas 14 mantém o seu nome e cidade desde a inauguração (Boston Celtics, New York Knicks, Toronto Raptors, Charlotte Bobcats, Miami Heat, Orlando Magic, Chicago Bulls, Cleveland Cavaliers, Indiana Pacers, Milwaukee Bucks, Minnesota Timberwolves, Portland Trail Blazers, Phoenix Suns e Dallas Mavericks).

Portanto, a mudança é uma prática comum na NBA, mas nem sempre tem sido feita da forma correta. Eu sou a favor das mudanças, mas acredito que deveriam haver regras mais rígidas para isso.

Várias soluções podem ser tomadas. Uma seria associar o nome a cidade e aquele nome só poderia ser usado naquela cidade e se outro time viesse para essa cidade ou usaria aquele nome ou criaria um novo nome.

A solução menos drástica seria, e por mim a mais correta, estabelecer um tempo mínimo para a equipe ficar em uma cidade ou com um nome. 10 anos seria um prazo razoável para a franquia ficar na cidade e só poderia mudar de nome se mudasse de cidade.

Os donos do New Orleans foram corajosos em admitir que uma marca conhecida no mundo inteiro como o Hornets não tem nada a ver com a cidade e não atrai torcida para eles. Criar um novo nome com uma identidade mais próximo é uma solução interessante, mas arriscada.

O famoso boné do Hornets nos anos 90

O famoso boné do Hornets nos anos 90

Um torcedor do Hornets automaticamente seria torcedor do Pelicans? Em um mundo mais globalizado não basta se contentar no mercado local e sim nacional e quem sabe mundial. Se o Bobcats retomar o nome Hornets, não seria previsível esses torcedores migrarem de volta ao time de Charlotte?

Hoje, o Hornets é apenas a 28ª franquia mais valiosa da NBA à frente apenas de Bobcats e Bucks de acordo com a revista Forbes. Logo, os donos da equipe pensaram em fazer alguma coisa para mudar essa visão já que a simpática abelhinha estava perdendo valor. O pelicano pode ser a salvação financeira para o time mesmo em um mercado pequeno.